segunda-feira, 16 de junho de 2014

Cultura indígena: nossa raiz

Ao chegarem ao Brasil por volta do ano de 1500, os portugueses encontraram em nossas terras habitantes aborígenes, os quais chamaram de índios, por achar que haviam chegado às Índias, território que era destino da viagem. Visando a conquista do território, os portugueses colonizaram, catequizaram e dizimaram grande parte dos povos que aqui viviam. Por terem sido os primeiros habitantes da terra, muitos de seus costumes foram adotados pelos próprios colonizadores e repassados ao longo dos anos, misturando-se aos dos negros, formando a cultura que temos hoje. No último Senso do IBGE, em 2010, a população indígena chegava a quase 900 mil e seus costumes na população brasileira perduram até hoje.
São exemplos da influência indígena na nossa sociedade: a culinária brasileira que herdou vários hábitos e costumes, como a utilização da mandioca e seus derivados (farinha de mandioca, beiju, polvilho), carne socada no pilão de madeira (conhecida como paçoca), pratos derivados da caça (como picadinho de jacaré e pato ao tucupi), além do costume de comer frutas reconhecidas genuinamente brasileiras como o cupuaçu, bacuri, graviola, caju, açaí e o buriti.
Herdamos também a crença nas práticas populares de cura derivadas de plantas nativas como o pó de guaraná, o boldo, o óleo de copaíba, a catuaba, a semente de sucupira, entre outros, para tratar alguma enfermidade. Também veio desse povo o hábito de dormir em rede.
O contato da cultura indígena com a sociedade brasileira não para por aí: a língua portuguesa brasileira também teve influências. Várias palavras de origem indígena se encontram em nosso vocabulário, como aquelas ligadas à flora e à fauna (como abacaxi, caju, mandioca, tatu) e as utilizadas como nomes próprios (como Paraíba – para: rio e íba: águas ruins para navegar, águas rasas; Itaporanga – ita: pedra e poranga: bonita; Tambaú – onde há mariscos, entre outrosI).
Os povos indígenas deixaram para a sociedade brasileira muitos traços culturais que enriquecem a nossa diversidade.


Gabriella Mayara

domingo, 8 de junho de 2014

Registro fotográfico revela diversidade cultural de comunidades isoladas na Europa

Costumamos encarar as coisas pela nossa visão de mundo. Vivemos em uma sociedade capitalista que nos impõe que tempo é dinheiro, no entanto, o ensaio fotográfico presente abaixo nos ajuda a desmitificar a ideia de felicidade pregada pelo capitalismo. E nos ensina, de forma visual, a entender a diversidade cultural, pois, como sabemos, a ideia de diversidade esta intimamente ligada com a pluralidade de estilos de vida.
 (Bárbara Santos)


terça-feira, 3 de junho de 2014

A cultura Afro-brasileira

       
         Uma das maiores influências da cultura brasileira é a africana; pelo histórico de escravidão que temos, não poderia ser diferente. A cultura afro-brasileira está enraizada desde os tempos de escravidão, mas sempre foi margeada da sociedade, sofrendo bastante preconceito. Hoje, porém, apesar de ainda discriminada, já é mais bem aceita.
Denomina-se cultura afro-brasileira o conjunto de manifestações culturais do Brasil que sofreram algum grau de influência da cultura africana, desde os tempos do Brasil colônia até a atualidade.
Embora esteja presente em todo o país, em alguns estados a influência cultural africana é mais notável, como é o caso do Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, influenciados tanto pelo contingente recebido durante a época do tráfico como pela migração interna dos escravos após o fim do ciclo da cana-de-açúcar na região Nordeste. Ainda que tradicionalmente desvalorizados na época colonial e no século XIX, os aspectos da cultura brasileira de origem africana passaram por um processo de revalorização a partir do século XX que prossegue até hoje.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

O papel do audiovisual na difusão da diversidade cultural



Bárbara Santos

É comum vermos no cinema uma série de filmes americanos em cartazes, enquanto filmes nacionais fora do circuito (os que não pertencem à Globo Filmes) precisam fazer campanhas nas redes sociais por salas para serem exibidos, como foi o caso do documentário “Elena”. Precisamos questionar essa dominação cultural para conseguirmos quebrar o estigma de que filme nacional é ruim e só tem “putaria”. Para o Brasil, como um país emergente, é fundamental a veiculação massiva, nos meios de comunicação e nas cadeias exibidoras do cinema, de conteúdos originários do nosso país para difusão da nossa diversidade cultural, pois a cultura brasileira não é nada homogênea.
A falta de qualidade do cinema nacional não pode mais ser uma justificativa para a atitude dos brasileiros de escolherem um filme de outra língua, pois são inúmeros os casos de grandes produções nacionais. Inclusive cito agora duas que se encontra em cartaz: “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” e “Praia do Futuro”, filmes que retratam a homossexualidade sem estereotipá-la. O brasileiro precisa aprender a valorizar o seu cinema, e não esperar pela legitimidade dada pelo americano, como foi o caso da produção pernambucana “O Som ao Redor”, que conseguiu atrair expectadores brasileiros quando foi aclamado pela crítica estrangeira. A cultura é o cimento agregador das nações e de suas identidades; é o que une os cidadãos dentro de uma mesma nacionalidade.
Infelizmente os filmes que ganham mais destaque nas salas dos multiplexes são as produções da Globo Filmes. Películas como “Crô” corroboram com a difusão dos estereótipos acerca da homossexualidade (o gay com muitos trejeitos femininos e engraçado que todos adoram amar). Claro que temos muito mais o que mostrar, mas, na mídia de massa, quem é que aparece? Os próprios representantes desses estereótipos que acabam por perpetuar a ideia estereotipada. Abrimos mão da nossa identidade e da nossa cultura por algo trivial e passageiro. Então, quando você for ao cinema, escolha uma boa produção nacional antes de sair por aí falando que o cinema brasileiro só tem violência e pornografia.

Para mais informações leia:

http://revistaogrito.ne10.uol.com.br/page/blog/2013/05/12/um-conversa-sobre-cinema-pernambucano-hoje/