quarta-feira, 29 de abril de 2015

As vanguardistas do véu

Youtube/Reprodução
  Por Ingrid Cordeiro

   A junção entre o novo e o antigo com uma pitada de moda, styling, música e arte. Essas são as Mipzterz, mulheres muçulmanas, em sua maioria americanas, as quais resolveram dizer ao mundo que religião não precisa ser sinônimo de opressão. Muito pelo contrário, a tentativa é mostrar que a cultura tradicional pode sim se integrar ao mundo globalizado, numa mistura única entre mundos aparentemente distintos.
   A lei islâmica diz que a mulher seguidora da fé propagada pelo profeta Mohamed precisa se vestir de modo que não incite a sua sexualidade. Calças folgadas, roupas monocromáticas e o hijab, véu utilizado pelas mais novas e que cobre essencialmente o cabelo, fazem parte das vestimentas exigidas pela cultura muçulmana. Esse modo de se vestir tem sido encarado como algo retrógrado pela sociedade ocidental, a qual vê as mulheres seguidoras do islamismo como oprimidas por sua cultura.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Sob a pele: a tatuagem e seus simbolismos

Por Jade Vilar

   Não se sabe ao certo quando o ritual de tatuar o próprio corpo foi incorporado às tradições humanas. Entre 2.160 a.C e 1994 a.C múmias de mulheres egípcias foram encontradas com inscrições e desenhos na região abdominal. O Homem do Gelo, como ficou conhecida a múmia com cerca de 5.500 anos, achada em 1991 nos Alpes, já possuía traços azulados desenhados em sua pele e pode ter sido um dos mais antigos registros encontrados da tatuagem no mundo. Tribos indígenas, como o povo waujá e os kadiwéu, utilizavam a técnica para simbolizar rituais de passagem e homenagear seus deuses. Até que, em 718 d.C, em uma época marcada pela total dominação da igreja católica, na sociedade europeia principalmente, o papa Adriano I proibiu o povo de se tatuar sob a alegação de tratar-se de práticas demoníacas.