quarta-feira, 31 de agosto de 2016

São Paulo separatista

Descrição para cegos: foto da bandeira do movimento São Paulo Livre. Ela é semelhante a bandeira do estado de São Paulo. Tem 7 listras horizontais pretas sobre um fundo branco. No canto superior direito há um quadrado com quatro estrelas, uma em cada ponta e, no centro, dentro de um circulo, o mapa do estado. A única diferença da bandeira oficial é a troca do mapa do Brasil pelo de São Paulo.
Por Lylyanne Braz
Grupos separatistas de São Paulo, ao lado de outros movimentos como O Sul é Meu País, organizaram um plebiscito de caráter extraoficial, que visa avaliar a opinião dos cidadãos sobre a separação daquela região do resto do Brasil.
Esse plebiscito está marcado para outubro. Em São Paulo a votação está sendo chamada de "Sampadeus". A consulta não tem efeito legal e será financiada pelas próprias entidades.
O surgimento de grupos separatistas não é algo novo. O movimento O Sul é o Meu País, por exemplo, foi criado em 1992. Já o Movimento São Paulo Livre é mais recente. Ele foi fundado em 2014, logo após as eleições presidenciais, e defende a emancipação de São Paulo, que passaria a chamar-se República de São Paulo e sua moeda seria ouro paulista.
Outros grupos separatistas contemporâneos existentes no estado de São Paulo são: Movimento São Paulo Independente (MSPI), Movimento República de São Paulo (MRSP), Movimento Liberdade da Pátria Paulista e Movimento São Paulo para os Paulistas.

Os motivos que os grupos apontam em defesa da separação são políticos e econômicos. Segundo eles, a política federal comandada por Brasília resulta em uma injusta distribuição da arrecadação, além de favorecer a corrupção.
Eles tomam como base um artigo da Constituição Brasileira de 1988 para legitimar a existência desses grupos. Esse artigo garante a liberdade de manifestação individual de pensamento, contanto que não sejam utilizadas armas de fogo, atentados contra a vida pública ou incitação de violência.
A crise política e econômica no país deu novo fôlego aos movimentos, cuja inspiração foi renovada pela recente separação do Reino Unido da União Europeia.
O intuito desses grupos, contudo, mostra-se improvável, uma vez que eles atentam contra a própria Constituição. No seu primeiro artigo define-se que a República Federativa do Brasil é “formada pela união indissolúvel dos estados e municípios e do Distrito Federal”. Por isso, qualquer pretensão de desmembrar parte do território nacional para construir um país independente viola a lei maior da nação.

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