Descrição para cegos: foto mostra o livro "Meu crespo, nossa história" cuja capa é composta por várias fotos de mulheres que escolheram assumir os cabelos crespos. |
Há muito tempo meninas tentam de todas as formas esconder o
volume dos cabelos. Retiravam os cachos, eliminavam os crespos, utilizavam várias
técnicas disponíveis para deixar as madeixas lisas – entre estas, produtos
químicos, escova e chapinha, que acabavam fazendo parte da vida de muitas
mulheres desde a infância.
De uns anos pra cá, as coisas mudaram. Cada vez mais as meninas
deixam os cabelos livres independentemente das texturas, que vão desde os
cacheados até os crespos.
O livro Meu Crespo,
Nossa História, da Crivo Editorial, lançado em outubro, mostra que o que
antes era desvalorizado por parte da sociedade, tornou-se motivo de orgulho e
de luta política de meninas e mulheres negras.
Nas páginas do livro os leitores poderão encontrar relatos de
pessoas de todas as partes do Brasil. Histórias de quem se descobriu, dando a
liberdade para seus cabelos.
A ideia de escrever o livro surgiu depois que Walkiria e
Mikaela Gabriele, duas irmãs, tomaram a decisão de não mais alisarem o cabelo, eliminando
toda a química dos fios. As irmãs criaram uma campanha no Instagram, onde acolhiam
histórias de pessoas que decidiram assumir o cabelo natural. O perfil @cachosdanegra recebeu diversos
depoimentos, relatos de diferentes partes do país. Vários deles foram
selecionados para compor o livro.
Em entrevista para o portal All Things Hair, as autoras contam que o livro é também uma forma
de luta contra o preconceito racial. “Acreditamos que cada história tem uma
força, uma luta e uma afirmação de sua própria ancestralidade, que é negada pela sociedade. Isso representa toda
nossa ponte para continuarmos na luta contra o racismo”
O livro pode ser comprado no site Cachos da Negra, clicando aqui.
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