quinta-feira, 31 de julho de 2014

Lei torna obrigatória exibição de filmes nacionais em escolas

Filme "Tainá - Uma aventura na Amazônia", 2000.
A lei nº 13.006, de 26 de junho de 2014, resultado do projeto de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), torna a exibição de filmes de produção nacional obrigatória nas escolas de ensino básico por, no mínimo, duas horas mensais, exigindo, assim, que sejam criadas ou repensadas práticas escolares que, muitas vezes, já acontecem nesse campo.
Essa inserção do cinema nas escolas leva ao desafio de gerar reflexões sobre o contexto que se está vivendo, levando a pensar no cinema além do entretenimento, possibilitando descobertas de perspectiva de mundo. Algumas vezes os estudantes não têm acesso às salas de cinemas, quase sempre concentradas em shoppings e em grandes cidades.
Propor o filme já é um recorte e direciona olhar político sobre a realidade. A seleção dos filmes passa também pela produção massiva, desde que se reflita criticamente sobre os assuntos que dialogam com a realidade. Por isso, a formação é fundamental para se observar realidades diversas: não se pode olhar de forma restrita para uma realidade plural que implica diferentes linguagens e formatos. Ao diversificarmos as perspectivas de produção e olhares, incluindo documentário, animação, vídeo arte, por exemplo, buscamos abordagens que dialogam com a pluralidade de expressões, para alcançar uma experiência diferenciada daquelas já oferecidas.


Com a lei, pretende-se uma maior disseminação do cinema nacional, sendo mostrado a um público novo, valorizando mais a cultura e produção feita no próprio país. 
(Gabriella Mayara)

O homem que fala com ações e a festa das máscaras

Karoro Mebêngokre. Foto: Anne Vilela

Aldeia Multiétnica é um evento que reúne diversos povos indígenas, buscando visibilizar a diversidade cultural desses povos, tratando das diferenças culturais que existem entre eles e suas comunidades, desconstruindo a homogeneização dos elementos culturais. O espaço mostra a variedade e convivência de ideias, características ou elementos diferentes entre si, de cada grupo, em determinado assunto, situação ou ambiente de cada povo. Portanto, conhecer as particularidades de cada um, fortalece a identidade cultural e o respeito à diversidade. O texto abaixo descreve um ritual dos Kayapó, a festa das máscaras, um dos elementos de expressão cultural da comunidade. (Nathalia Correia)


No contorno da aldeia está Karoro. Com uma enxada, prepara com prontidão o espaço: seu povo, os Mebêngôkre, está chegando, mais uma vez, para a Aldeia Multiétnica. Ao lado está sua mulher: sorridente e silenciosa – não fala português. O ancião, por outro lado, conhece bem a língua, fala sucinto em palavras e é tagarela em expressões.

Os Mebêngôkre, mais conhecidos como Kayapó, trarão uma de suas principais celebrações para a Aldeia Multiétnica no começo da próxima semana. A festa das máscaras, como é chamado o ritual, dura três dias e dá vida aos mais variados animais no pátio de terra. “Um casal de tamanduá, dez macacos e três ou quatro guaribes”, explica. Karoro, no desenrolar da contação, vai além de descrições. Entre um passo de dança e outro, explica como o festejo se dá. Entre uma cantoria e outra, faz com que um pouco daquela manifestação já floresça na terra avermelhada da Aldeia. Karoro fala com ações.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

iDiversicons leva diversidade ao universo dos emojis



Emojis fazem parte de nossa vida – às vezes até mais do que gostaríamos. Isso é fato. Mas é inegável que há algum problema com eles, especialmente no que se refere à diversidade. As figuras humanas são quase todas brancas, com certa predominância masculina, isso para se dizer o mínimo. O problema, entretanto, não passou despercebido por Katrina Parrott, criadora do aplicativo iDiversicons.
São mais de 900 emojis que passaram por um redesign, com o objetivo de tornar essa “linguagem” o mais inclusiva possível – leia-se casais interraciais, pessoas com diferentes cores de pele e profissões representadas por ambos os gêneros.
Apesar de ser um avanço, o aplicativo ainda é bastante limitado no que se refere à integração com o teclado. Por enquanto, os emojis podem ser enviados apenas como imagens e não como parte da conversa propriamente dita.
De qualquer maneira, o iDiversicons está disponível tanto para iOS quanto para Android. (Bárbara Santos)

Fonte: Brainstorm

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Colóquio sobre diversidade cultural




No dia 18 de junho a turma da disciplina Jornalismo e Cidadania recebeu o professor Élio Chaves Flores para discorrer acerca da Diversidade Cultural. Élio é professor associado do Departamento de História da Universidade Federal da Paraíba, atuando também nas áreas de educação étnico-racial, cidadania e cultura política, e direitos humanos. Temas como o etnocentrismo, as políticas públicas no Brasil de manutenção da diversidade sociocultural, a indústria cultural e globalização versus a diversidade cultural foram abordados no colóquio que você confere abaixo.

O conceito de diversidade cultural
Muitas vezes, o conceito de diversidade cultural pode causar dúvidas. No vídeo abaixo, o professor Élio Flores explica o que é diversidade cultural. 




A diversidade cultural como crítica ao etnocentrismo
O ser humano tem a mania de achar que a sua cultura é padrão de comportamento e, por isso, acaba julgando as tradições diferentes. Logo abaixo, o professor Élio Flores explica como a diversidade cultural funciona em oposição à homogeneização e imposição cultural.



terça-feira, 1 de julho de 2014

A música brasileira e suas diversidades

            
           Quando falamos em diversidade cultural no Brasil, o que logo vem à mente é a diversidade de raças e religiões que encontramos no país. Entretanto, uma das características mais fortes de uma cultura é justamente sua expressão artística, que se dá muitas vezes através da música, tendo, porém, outras linguagens como a dança e pintura, para expressão e produção de cunho artístico. Hoje em dia, se você sintonizar numa rádio FM brasileira poderá encontrar de tudo: samba, música sertaneja, forró, MPB, além gêneros regionalistas. Mas, como tudo isso se originou?
A música do Brasil, assim como a história conta, é marcada pelo cruzamento de três principais etnias: o índio, o branco e o negro. Os primeiros registros, portanto, remetem à música indígena, que, para as diversas tribos, tinham um papel preponderante na realização de rituais. Mais tarde, com a chegada da escravidão ao Brasil, as danças africanas intituladas lundus, e que mais tarde ganhariam entoações pelos escravos da Angola, aqui se misturaram aos ritmos portugueses, dando origem a várias manifestações musicais dentre as quais se destaca o samba.

Diversidade cultural no Brasil e economia criativa

Para você, brasileiro, que não sabe, o nosso país é considerado um dos mais ricos em diversidade cultural, proporcionada pelo sincretismo de várias culturas ao longo da história. Atualmente, as políticas da economia criativa têm ganhado grande incentivo. Em entrevista à TV NBR em 28 de novembro de 2013, Marcos André Carvalho, Secretário Nacional de Economia Criativa do Ministério da Cultura, explica o porquê. (Rafael Andrade)