Por Laísa Mendes
O mundo presencia momentos de muitos questionamentos e de mudanças, todas embasadas na vontade de ser reconhecido, de “se encontrar” em meio a tantos requisitos impostos para fazer parte de determinado grupo. Bandeiras que buscam defender suas ideias e culturas são levantadas com mais frequência.Cada um procura sua forma de questionar seu lugar na sociedade, sejam com caminhadas, manifestações, pichações, músicas. Estas reivindicações que antes ficavam restritas aos adultos hoje passam a ser alvo de crianças como a pequena Soffia, de 11 anos, que vive no dia a dia a busca pelo reconhecimento da sua cultura e identidade negra.
Em uma entrevista a Revista TMP, Soffia ou MC Soffia, relembra de alguns episódios que a constrangeram e que, para se encaixar na sua escola, teve que alisar o cabelo. Ela conta também que chegou a dizer a sua mãe que queria ser branca e não negra. Hoje, conscientizada pela militância materna, Soffia reconhece sua cultura negra e cria letras de hip hop para incentivar outras pessoas a aceitarem o que as fazem diferentes.
Na sociedade atual, brinquedos, roupas da moda, tipos de cabelo, crenças, educação escolar e estilos musicais, são fatores que determinam a que grupo você pertence e exclui – “sutilmente” – aqueles que não se encaixam.
A luta pelo reconhecimento das novas culturas é algo que está cada vez mais em evidência e que busca uma aceitação a fim de sair da margem social. Pessoas como a rapper mirim Soffia têm percebido que esses estereótipos citados, só não são sutis para aqueles que não pertencem à regra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será publicado em breve.