Descrição para cegos: Foto mostra Caetano Veloso á esquerda e Gilberto Gil à direita abraçados e sorridentes com um dos braços levantados em forma de cumprimentação. |
Por Laísa Mendes
Os
que não simpatizam com o governo de Israel têm sonhado com maneiras de derrubá-lo.
Surge, assim, um movimento chamado BDS – Boicote Despojar Sanção.
Criado
por acadêmicos palestinos, o movimento apela aos indivíduos, empresas,
faculdades, igrejas, cidades, artistas e até países, para isolarem Israel econômica
e socialmente. Eles alegam que os palestinos que vivem na Faixa de Gaza e na
Cisjordânia são maltratados por Israel.O boicote seria uma forma de pressão
pelo fim da ocupação de territórios palestinos.
O
movimento criado em 2005 usa um método não violento para promover a luta
palestina pela independência e só agora vem ganhando notoriedade – tanto que
Israel o tem identificado como uma ameaça estratégica crescente.
Os
membros do BDS são ativistas acadêmicos, artistas, grupos religiosos e judeus
liberais americanos, além de voluntários que pressionam e contatam empresas,
artistas e instituições acadêmicas para apoiar o boicote a Israel.
Um
caso recente foi o convite do movimento BDS a Gilberto Gil e Caetano Veloso. A
turnê, Caetano & Gil - Dois Amigos,
Um Século de Música, antes mesmo de chegar à capital de Israel, TelAviv,
foi alvo dos ativistas. Roger Waters, ex-líder do Pink Floyd e integrante do
BDS, enviou uma carta a Caetano Veloso para que ele e Gilberto Gil não fizessem
o show, por causa do massacre contra os palestinos.
Caetano
respondeu a Waters dizendo que “nunca cancelaria um show para dizer que é
contra um país, a não ser que ele estivesse, realmente contra”. Como não foi o
caso, e com o apoio de Gilberto Gil, eles resolveram manter a turnê.
Ao
chegar a Israel, os músicos se depararam com situações que mostravam segregação
e opressão ao povo palestino. Diante desse fato, em coletivas de imprensa eles condenaram
as políticas israelenses contra povos não judeus.
Já no Brasil, Caetano
escreveu um texto para a Folha de S. Paulo contando a experiência e dizendo que
gosta de Israel, mas que ‘acha que nunca mais voltará lá’.
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