segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Ele me deu o nome de Malala


Por Giovana Ferreira


Não há nada de errado em se dizer feminista. Eu sou feminista porque ‘feminismo’ é outra palavra para igualdade.

A paquistanesa Malala Yousafzai, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2014, ganhou um documentário que teve sua estreia em novembro, em um festival em Londres. Após o lançamento, Malala foi entrevistada pela atriz Emma Watson, Embaixadora da ONU Mulheres, a respeito da igualdade de direitos entre os gêneros.


Na entrevista, Malala reforça o seu comprometimento com a luta pelo acesso à educação para crianças e jovens. Segundo relatório da ONU, escolas de 70 países diferentes foram atacadas de 2009 a 2014 e muitos desses ataques direcionados a meninas, pais e professores que defendem a igualdade de gênero na educação. Ela também destacou a importância de educar as próximas gerações para a construção uma sociedade mais democrática e do apoio dos homens na busca pela igualdade de gênero.
A ativista e toda sua família sempre lutaram pela causa educacional. Seu pai era dono de uma escola em Swat, no Paquistão, sua terra natal. Com 11 anos, Malala escrevia sob pseudônimo para um blog da BBC sobre o seu dia a dia como jovem estudante na região constantemente ameaçada pelo Talibã.
Aos 15, ela sofreu um atentado no ônibus escolar, com tentativa de assassinato por militantes talibãs. Malala sobreviveu e continuou a lutar pelo direito das meninas frequentarem a escola. No ano passado, aos 17 anos, tornou-se a pessoa mais jovem a ganhar o Prêmio Nobel da Paz.

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