Campanha do The Guardian pelo fim da mutilação genital
feminina (FGM).
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Por Giovana Ferreira
A
prática da mutilação genital, que consiste na remoção parcial ou total do órgão
genital feminino, é comum principalmente nos países africanos e do Oriente
Médio. Neles, estima-se que mais de 130 milhões de mulheres foram submetidas ao
procedimento, porém a prática também vigora em outros lugares do mundo.
No
fim do mês passado, o presidente da Gâmbia, Yahya
Jammeh, anunciou a proibição da mutilação genital de meninas e mulheres
no país. Ele afirmou que a prática precisa ser banida imediatamente, mas que a
lei efetiva ainda será criada. Na Gâmbia, 76% das mulheres já foram submetidas
à mutilação genital. Dentre as meninas com 14 anos, 56% já passaram pelo
procedimento.
A
Somália é o país com os maiores índices de prevalência da mutilação genital no
mundo. Estima-se que 98% das meninas, com idades entre 11 e 14 anos, já foram
mutiladas. Mesmo sendo uma prática que perpetue a
violência contra as mulheres, torna-se muito difícil eliminá-la, por ser
baseada em visões tradicionais da cultura. Felizmente, o país mostra
interesse em bani-la.
No
ano passado, o The Guardian lançou uma campanha global contra a mutilação genital feminina. E esse ano, a Nigéria também baniu o procedimento.
Atualmente, a mutilação é proibida em 18 países africanos.
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