quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Proibição da mutilação genital feminina avança em países Africanos

Campanha do The Guardian pelo fim da mutilação genital feminina (FGM).

Por Giovana Ferreira

A prática da mutilação genital, que consiste na remoção parcial ou total do órgão genital feminino, é comum principalmente nos países africanos e do Oriente Médio. Neles, estima-se que mais de 130 milhões de mulheres foram submetidas ao procedimento, porém a prática também vigora em outros lugares do mundo.
No fim do mês passado, o presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, anunciou a proibição da mutilação genital de meninas e mulheres no país. Ele afirmou que a prática precisa ser banida imediatamente, mas que a lei efetiva ainda será criada. Na Gâmbia, 76% das mulheres já foram submetidas à mutilação genital. Dentre as meninas com 14 anos, 56% já passaram pelo procedimento.
A Somália é o país com os maiores índices de prevalência da mutilação genital no mundo. Estima-se que 98% das meninas, com idades entre 11 e 14 anos, já foram mutiladas. Mesmo sendo uma prática que perpetue a violência contra as mulheres, torna-se muito difícil eliminá-la, por ser baseada em visões tradicionais da cultura. Felizmente, o país mostra interesse em bani-la.
No ano passado, o The Guardian lançou uma campanha global contra a mutilação genital feminina. E esse ano, a Nigéria também baniu o procedimento. Atualmente, a mutilação é proibida em 18 países africanos.


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