Descrição para cegos: foto do rosto de uma
negra idosa fumando um cachimbo. Imagem obtida do filme.
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Por Jaqueline Lima
O filme brasileiro Samba de Cacete - Alvorada Quilombola, dirigido por André dos Santos
e por Artur Dutra, foi contemplado no XIV Festival International Du Film
Panafricain, como melhor
documentário de curta metragem em Cannes, na França.
A produção cinematográfica foi realizada pela
Lamparena Filmes e contou com o apoio de 99 mil reais do Ministério da Cultura.
Esse aporte financeiro foi por meio do edital Curta Afirmativo: protagonismo da
Juventude Negra na Produção Audiovisual, lançado em 2014 pela Secretaria do
Audiovisual (SAv) em parceria com a Fundação Cultural Palmares.
Filmado em 2016, o curta retrata a história
do Samba de Cacete, uma tradição cultural ainda preservada na comunidade
quilombola Igarapé Preto, localizada no município de Oeiras, na Amazônia
paraense.
O samba envolve música, canto e dança cheios
do ritmos afro-brasileiros. Ele recebe esse nome devido aos dois cacetes de
madeira utilizados pelos tocadores de tambor para fazerem a marcação e o
contratempo.
Os dançarinos executam passos em giros e
suavemente, dançam conduzidos pela musicalidade que expressa a dor e a tristeza
de escravos antepassados.
À medida que o ritmo acelera, transforma todo
o sentimento ruim em uma melancólica alegria que é sentida ainda hoje pelo povo
negro da Amazônia.
Produções como está mantem vivas tradições
muitas vezes desconhecidas pela sociedade. Uma cultura viva, que resiste ao
tempo, levando alento aos quilombolas da Amazônia que batalham dia a dia para
sobreviver.
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