segunda-feira, 12 de junho de 2017

Samba de Cacete é premiado em Cannes

Descrição para cegos: foto do rosto de uma negra idosa fumando um cachimbo. Imagem obtida do filme.

Por Jaqueline Lima

O filme brasileiro Samba de Cacete - Alvorada Quilombola, dirigido por André dos Santos e por Artur Dutra, foi contemplado no XIV Festival International Du Film Panafricain, como melhor documentário de curta metragem em Cannes, na França.
A produção cinematográfica foi realizada pela Lamparena Filmes e contou com o apoio de 99 mil reais do Ministério da Cultura. Esse aporte financeiro foi por meio do edital Curta Afirmativo: protagonismo da Juventude Negra na Produção Audiovisual, lançado em 2014 pela Secretaria do Audiovisual (SAv) em parceria com a Fundação Cultural Palmares.
Filmado em 2016, o curta retrata a história do Samba de Cacete, uma tradição cultural ainda preservada na comunidade quilombola Igarapé Preto, localizada no município de Oeiras, na Amazônia paraense.
O samba envolve música, canto e dança cheios do ritmos afro-brasileiros. Ele recebe esse nome devido aos dois cacetes de madeira utilizados pelos tocadores de tambor para fazerem a marcação e o contratempo.
Os dançarinos executam passos em giros e suavemente, dançam conduzidos pela musicalidade que expressa a dor e a tristeza de escravos antepassados.
À medida que o ritmo acelera, transforma todo o sentimento ruim em uma melancólica alegria que é sentida ainda hoje pelo povo negro da Amazônia.
Produções como está mantem vivas tradições muitas vezes desconhecidas pela sociedade. Uma cultura viva, que resiste ao tempo, levando alento aos quilombolas da Amazônia que batalham dia a dia para sobreviver.

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