domingo, 4 de junho de 2017

Capoeira Brasil, luta e resistência

Descrição para cegos: ilustração com dois lutadores praticando golpes de capoeira. Do lado direito um de cabeça para baixo com as mãos no chão e as pernas abertas no alto. Do esquerdo, o oponente com a perna esquerda levantada.
Por Laura Crystiane

Uma arte marcial disfarçada de dança, desta forma se originou a capoeira. A luta que é reconhecida como um Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, ainda sofre com o preconceito e rejeição. O grupo Capoeira Brasil busca valorizá-la mostrando a sua importância na formação da identidade do país.
No decorrer dos séculos, a capoeira sofreu opressão, pois a sua prática era ilegal em alguns lugares públicos. A intolerância com a cultura afro-brasileira a tornou uma prática marginalizada para aqueles que não têm o conhecimento da importância desta manifestação para a cultura brasileira.


Grupos espalhados pelo país buscam valorizar a luta por meio do ensinamento, a exemplo do Capoeira Brasil que é um dos maiores grupos que pratica, ensina e demonstra a arte afro-brasileira da Capoeira. Fundado em 14 de Janeiro de 1989 na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, atualmente está presente em nações como Alemanha, Austrália, Estados Unidos, França e Países Baixos.
Em João Pessoa, o grupo atua há 12 anos, desenvolvendo atividades em escolas, praças, centros comunitários, academias, centro de referências de cidadania, ONGs, entre outros.
O Contramestre Antônio Guedes, conhecido como Ligeirinho, pratica capoeira há 29 anos, e atualmente é presidente do Centro Cultural Ginga Nação e coordenador do Grupo Capoeira Brasil em João Pessoa, onde ensina. Segundo Ligeirinho, ainda existe preconceito contra a luta por sua origem e por confundirem a arte com religião de matriz africana. Segundo ele, a capoeira tem importância na construção da identidade cultural do país por ser arte genuinamente brasileira, e toda sua história se entrelaça com a construção do povo.
Sobre o papel do Capoeira Brasil na busca da resistência cultural da luta, o professor afirma: “Trabalhamos para ser passada toda a ancestralidade da Capoeira para nossos praticantes e que eles tenha toda esta noção dos fundamentos e tradições da nossa arte.”
Ligeirinho em sua metodologia desenvolve maneiras específicas para trabalhar os ensinamentos da Capoeira em áreas periféricas e bairros da Capital paraibana.

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