Por Jade Vilar
Na
contramão do sentimento de xenofobia que permeia os grandes países receptores
de imigrantes do mundo inteiro, os refugiados de guerras civis residentes de
São Paulo produziram um videoclipe. O conteúdo é informativo e ao mesmo tempo
humanizador.
A
intenção é a desconstrução da imagem negativa a respeito dos refugiados como
figuras perigosas e fora da lei, para mostrar o lado dos seres humanos que
fugiram dos seus países para preservar a própria vida. O vídeo é um
agradecimento e ao mesmo tempo um esclarecimento à nação brasileira sobre o
quão importante é a nossa receptividade a quem não traz mais nada além da
vontade de viver.
A
supremacia cultural levou países como a Alemanha a promover o Holocausto, em
que raças ‘’inferiores’’ foram praticamente dizimadas para o surgimento de uma
raça pura e homogênea. O choque de culturas é um fator gerador de conflitos há
muitos séculos.
O
drama dos refugiados em geral, ganhou mais destaque internacional recentemente,
quando diversos barcos piratas foram encontrados tentando atravessar o Mediterrâneo
da África para Europa. Muitos deles estavam à deriva e dentro deles se
encontravam seres humanos fugindo da guerra e da fome, arriscando o pouco que
lhes sobrou. Do outro lado, choques diplomáticos, países que não querem aceitar
essas tripulações com medo das consequências que elas possam trazer para suas economias
e suas culturas fechadas em redomas.
No
Brasil o preconceito é velado. Não existem grandes impasses políticos, mas os
que aqui chegam são muitas vezes recebidos com receio e abandonados a margem da
sociedade. No vídeo esses refugiados ganham voz, finalmente podem clamar para
todas as camadas da sociedade o que eles estão buscando fora dos seus países de
origem: Dignidade.
Somos
um caldeirão de raças, credos e culturas e, acima de tudo, somos todos humanos
habitando o mesmo planeta. Já é tempo de abrir os horizontes, rever conceitos e
enxergar que cultura quanto mais se adiciona, mais se ganha.
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