Rachel Unkovic/International Rescue Committee |
Atualmente o mundo vive o que a mídia intitula de uma das maiores crises migratórias da humanidade. Mais de 300 mil pessoas já tentaram atravessar ilegalmente o mar Mediterrâneo este ano e mais de 2,5 mil morreram na travessia. Os Estados mais poderosos do mundo relatam gastos exorbitantes com doações para conter a crise humanitária. Os imigrantes, em sua maioria, fogem de guerras civis, conflitos financiadas em grande parte pelos países que mais dizem doar e menos aceitam acolhê-los. João Fernando Finazzi e Reginaldo Nasser, mestrando e professor respectivamente, do curso de Relações Internacionais da PUC, debateram o assunto em texto publicado no portal Forum. (Jade Vilar)
O mito da intervenção
humanitária
Joao Fernando Finazzi e Reginaldo Nasser
Desde 2011 foram alocados por volta de US$ 16
bilhões em ajuda militar para o conflito sírio, abastecendo as mais variadas
facções, incluindo o Estado Islâmico e o próprio regime de Bashar. Os países
que destinaram mais recursos são, ao mesmo tempo, os que menos aceitam os
sírios provenientes da guerra.