Por Laura Crystiane
O
filme brasileiro A Máquina: o Amor é o Combustível,
dirigido por João Falcão, inspirado no livro de mesmo nome da autora Adriana
Falcão, conta uma história de amor. Com um enredo bem elaborado, a trama vai
além do romance dos protagonistas Antônio (Gustavo Falcão) e Karina (Mariana
Ximenes) retratando o êxodo rural e as manifestações culturais nordestinas.
A história começa em Nordestina, no interior de Pernambuco. Pequena, a cidade vem perdendo cada vez mais os seus habitantes que buscam recursos em outros lugares. Karina, que sonha ser atriz, deseja aventurar-se para outros lugares, diferente de Antônio, que prefere ficar na cidade.
De
uma maneira divertida, a migração vira temática. A busca por melhores condições
de vida saindo do interior para as capitais brasileiras é algo comum, a vasta
diversidade cultural do país é decorrente desse deslocamento de habitantes que
trazem consigo os seus costumes regionais, mas, infelizmente, essa situação
ainda envolve o migrante em situações de preconceito.
A Máquina aborda
a discriminação da cultura nordestina em cenas onde, por exemplo, o protagonista
é frequentemente apelidado de “Paraíba”, um termo usado pejorativamente que generaliza
os nordestinos.
A
representação da cultura nordestina se encontra frequentemente no cenário, nas
gírias, na crença e sotaque. O poder de influência da mídia também é retratado
no filme, a qual pode ser usada com uma ferramenta de representatividade para
culturas marginalizadas. Apesar de seguir um estereótipo do qual no Nordeste só
existe a seca e pobreza, o filme aborda uma realidade de forma leve e critica
com humor.
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