quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Um ano de João Pessoa como Cidade Criativa

No dia 31 de outubro de 2017, a cidade de João Pessoa entrou para o seleto grupo da Rede Mundial de Cidades Criativas da Unesco (UCCN). A capital, se junta a 180 cidades do mundo, que recebem incentivo a economia criativa. A capital da Paraíba é a única cidade do Brasil reconhecida pela Unesco que tem como fonte o artesanato e as artes populares.

Fórum Internacional de Cidades Criativas
No mês de junho de 2018, o atual prefeito, Luciano Cartaxo, viajou a Cracóvia, na Polônia, para apresentar as ações de incentivo já desenvolvidas pela capital paraibana no XII Fórum Internacional de Cidades Criativas, firmando assim João Pessoa no grupo de cidades criativas.

Reconhecida como referência no país inteiro com a fundação do Celeiro Criativo, do AnimaCentro e de ter sediado o primeiro Encontro de Cidades Criativas da Unesco do Brasil (ECriativa), a cidade se prepara para no mês de novembro de 2018 receber a Feira Internacional de Economia Criativa. O evento é uma iniciativa inédita do município, e tem a  confirmação de várias outras cidades criativas tanto do Brasil, quanto de outros lugares do mundo, trazendo juntas a ideia de demonstrar melhores práticas dentro dos componentes representativos de cada uma.
Celeiro Criativo

Um ano depois dessa inserção, o mercado produtivo cultural da cidade de João Pessoa vem cada vez mais se tornando um ponto de atenção para o mercado mundo afora. Mesmo com pouco tempo, essas medidas vem trazendo lucros para a cidade e todos os envolvidos no projeto. A criação do Celeiro Criativo, inaugurado neste ano pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), um local de acolhimento de artesãos e uma nova referência de eventos culturais, transformando a vida de muitos trabalhadores que veem no artesanato sua fonte de renda.





terça-feira, 13 de novembro de 2018

Mesário vai trabalhar de drag nas eleições 2018


Derlan vestida como Miss Daphy

Derlan de 22 anos, mostrou coragem em meio a ondas de crimes de ódio, na última eleição se montou e foi trabalhar de mesário como Miss Daphy. Maquiador profissional, Derlan já havia trabalhado como mesário nas eleições de 2016, mas decidiu se mostrar e incorporar a persona que tanto faz parte de sua vida.
Como forma de resistência, ele enfrentou o preconceito e se submeteu a ser a porta-voz de uma comunidade nesses tempos sombrios. O trabalho nas eleições deste ano foi registrado na rede social Instagram e rapidamente alcançou 7,8 mil curtidas. Em frente a comentários contrários e encorajadores , o maquiador reflete com tamanha nitidez que independente das piores falas, a sua posição deu forças a muitas pessoas. (Adan Cavalcante)

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

João Silvério Trevisan lança o livro “Pai, Pai”


João Silvério Trevisan, autor do livro "Pai, Pai"

Relatando as dores da vivência de ser LGBT, o último romance de João Silvério Trevisan é um desmembramento doloroso sobre sua vivência com seu pai, José Trevisan, um pai alcoólatra e violento. O livro é retratado por fases, um crescimento gradual e humano, constatando a realidade vivida por vários jovens no país, ou melhor, no mundo.
Trazendo as questões LGBT e vivência com a homofobia, assunto tão visível atualmente com a crescente onda de violência a solta, “Pai, Pai” é um retrato social fiel as duras lutas que a comunidade vive. Por ora, traz um final que ensina, que molda e que enriquece as questões pessoais de cada um. Para saber mais, clique aqui

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

V Colóquio de Diversidade Cultural

Descrição para cego: Professor Geovany Silva, convidado do colóquio, ao centro da imagem respondeu a uma das perguntas, e atrás dele o quadro branco da sala de aula.


      O V Colóquio de Diversidade Cultural, da cadeira Jornalismo, Cidadania e Direitos Humanos, do período 2018.1 da UFPB, recebeu o professor Geovany Silva, do Departamento de Arquitetura da UFPB. Geovany tem Pós-Doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Lisboa, Portugal e Doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília. Hoje ele é professor do Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFPB e co-autor do projeto que vinculou a UFPB com a universidade de Northumbria, na Inglaterra. O projeto fala especificamente da relação do Centro Histórico de João Pessoa com sua população. E é sobre o Cento Histórico que iremos falar:






segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Rubacão Jazz: resgate ao Jazz e economia criativa

“Vejo isso como uma forma de a banda homenagear os compositores e os arranjadores nordestinos”. Essas são palavras de Deide Santos, uma das integrantes da Rubacão Jazz. Criada em 2013, a Big Band Rubacão Jazz surgiu como laboratório para experimentar ritmos do Brasil e do mundo. “O que me chama atenção aqui é o repertório da banda, que trabalha muitos arranjos de maestros da nossa cidade”, completou a estudante sequencial do curso de Música.
Coordenado pelo professor Alexandre Magno, o projeto é vinculado ao Departamento de Música, no Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA), da UFPB. O grupo segue o estilo Big Band Americana, com trompetes, trombones, saxofones, piano, baixo, guitarra, bateria e percussão. Além de atuar como laboratório musical para estudantes, o projeto possui outros objetivos, entre eles formar plateia e trabalhar a economia criativa.
Para formação de plateia, trabalha-se com a produção de conteúdo para as redes sociais do projeto. Conjuntamente, utiliza-se o capital intelectual e cultural do grupo para gerar recursos. “Estamos aprendendo como ‘vender’ o grupo, criando web pages e produtos (CDS, camisas etc.)”, explica Alexandre. Por meio dessas ferramentas, o projeto incentiva a participação do público nos shows e desenvolve o espírito empreendedor nos membros da equipe. 
Alexandre Magno é Bacharel em Trombone Baixo, pela Universidade Federal da Paraíba, e já estudou nos EUA. Ao longo dos anos, adquiriu vasta experiência em big bands. Segundo ele, o nome “Rubacão Jazz” foi pensado para dar ao nome do grupo um elemento local de identidade. 

Descrição para cego: A imagem foca na regência do Maestro durante apresentação. Desfocados na foto estão dois integrantes da banda que tocam de costas para a câmera e de frente ao público. (Foto: Reprodução)
         Igor de Tarso, saxofonista licenciado em música na UFPB, está no projeto desde sua criação. Ele entrou na Rubacão no início do curso e hoje, depois de formado, ainda faz parte do quadro de músicos da banda. Ele conta que a sua vivência na banda foi fundamental no crescimento do seu nível técnico como músico: “Entrei na Rubacão para ganhar mais contato com o ambiente musical popular, mas, além disso, tem me ensinado a conviver em grupo, a refletir em conjunto, acolher e discutir propostas”. 
Descrição para cegos: Foto tirada de longe mostrando a banda em palco durante apresentação. (Foto: Reprodução)
Durante os quatro anos de existência, o grupo já tocou em outros estados e recebeu convites para se apresentar nos EUA. Em 2017, o grupo se apresentou pela 3º vez no Festival Douradense de Música, no Mato Grosso do Sul, levando assim o nome da UFPB para fora do Estado, e realizou muitas apresentações; a previsão é que elas continuem aumentando. 
Assim, a  Big Band Rubacão Jazz leva uma ação produzida pela Extensão da UFPB para fora do Estado, garantindo para um amplo público espetáculos de qualidade.
Joanderson Almeida

domingo, 4 de novembro de 2018

Villa Sanhauá renova o Centro Histórico com moradias dignas e cultura


Villa Sanhauá, no Centro Histórico 

Com diversas atrações para a população, há três meses a população da cidade de João Pessoa foi agraciada com uma opção em seu calendário cultural. O Villa  Sanhauá é o mais novo ponto de cultura administrado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP). Na parte baixa do Centro Histórico, o projeto é composto por 17 moradias e seis lojas de diferentes empreendimentos artísticos. Com o intuito de integrar a cidade antiga com a cidade nova, a PMJP investiu R$ 4,5 milhões de recursos próprios  para dar essa nova cara a um cartão postal da capital. Saiba mais aqui. (Adan Cavalcante)

sábado, 3 de novembro de 2018

Cuidado para não se queimar

Para cego ver: faxada da Expo Feira Tambaú e seu interior em chamas. 

Por Lylyanne Braz

Este país queima coisas de mais:
Queima papel
Queima arte
Queima floresta
Queima feira
Queima museu
Queima transporte
Queima combustível
Queima conhecimento
Queima história
Queima memória
Queima cultura...
Estamos em chamas

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Literatura de Cordel e seu devido reconhecimento

Literatura de Cordel e seu devido reconhecimento
Descrição para cegos: Vários livrinhos de cordéis divididos e fixados em três fios
De origem portuguesa, a Literatura de Cordel chegou ao Brasil com o início da colonização e logo tornou-se popular, principalmente na região Nordeste, por conta da linguagem própria, fácil circulação e acesso. Por conta de sua característica popular, a literatura de cordel ainda sofre preconceito e, ao ser considerado patrimônio cultural, reforça que o gênero é rico em cultura o suficiente para vencer o preconceito. Sua forma rimada, seus relatos, seus poemas e as ilustrações através de xilogravuras levaram e continuam levando informação e o conhecimento para parte da população que não tem contato com outros meios de expressão. Veja aqui. (Joanderson Almeida)

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Danças Populares contribuem para a difusão cultural

Para cego ver: dançarinos entusiasmados em apresentação. 

Por Lylyanne Braz

De todas as formas de arte, a dança é considerada a mais antiga de todas e também a única que dispensa a utilização de materiais e ferramentas. Para expressar a arte da dança o ser humano precisa basicamente do corpo e da sua vitalidade. Desde a mais tenra idade, com o simples mover do corpo, seguindo uma coreografia em sintonia com certo ritmo musical, qualquer criança pode expressar a arte da dança. Dessa forma, aprendemos desde cedo que a dança é uma maneira extraordinária de expressarmos nossos sentimentos e experiências mais subjetivas.
Sabendo disso, o Festival de danças populares que é resultado do trabalho de extensão de alunos da UFPB com crianças e adolescentes de escolas de João Pessoa e cidades circunvizinhas, promove um encontro democrático de ampla participação popular que incentiva a prática da dança como expressão artística e contribuindo para a difusão cultural e desenvolvimento regional.
O Festival é organizado pelos alunos da Disciplina de Manifestações Culturais do curso de Educação Física da Universidade Federal da Paraíba, sob a Coordenação do professor-doutor Marcello Bulhões. O projeto desenvolve a prática de 27 danças populares brasileiras culminando na realização do festival. A edição 2018 contou com a presença de mais 300 crianças de 16 escolas públicas. Além dos trabalhos desempenhados com as crianças, a programação incluiu também uma homenagem à mestra Ana de Gurugi, da Comunidade Quilombola do Gurugi, localizada no Município do Conde, considerada força motriz no ensino das danças populares na Paraíba.
“Este trabalho é de grande importância para o desenvolvimento cultural e o educativo dos alunos, possibilitando a ampliação do acervo cultural e o respeito à cultura local. Também é observada nos estudantes a questão da melhoria da criticidade, criatividade, superação de seus limites e as relações interpessoais”, disse o coordenador.
Especialmente nos últimos séculos, com o desenvolvimento da sensibilidade artística a dança se firmou como uma das maiores manifestações estética, cultural, de lazer e de importância pedagógica por todo o mundo. A participação de estudantes em um evento artístico-musical pode servir como meio de aprendizagem prazerosa e para o desenvolvimento da consciência do movimento e da arte da dança.