Descrição para cegos: Reginaldo Rossi (o rei do brega) cantando em um palco com os braços erguidos e os dedos indicadores apontados para cima. |
Por Priscila Monteiro
Gênero musical muito cultuado na periferia do
Recife, o brega pode se tornar uma expressão cultural do estado de Pernambuco.
No dia 25 de abril a Assembleia Legislativa aprovou o projeto de lei de autoria
do deputado estadual Edilson Silva (PSOL), que prevê a elevação do gênero
musical a expressão cultural genuinamente pernambucana.
O projeto foi aprovado com unanimidade nas
comissões de Constituição e Legislação, Finanças, Administração Pública, e
Educação e Cultura. Agora a proposta segue para sanção do governador do estado,
Paulo Câmara.
Se a lei for sancionada, o gênero será protegido
pelo Governo do Estado. Os cantores de Brega serão inseridos na reserva
estabelecida pela lei que determina que os convênio firmados entre o Poder
executivo do Estado e dos Municípios pernambucanos devem reservar 60% das vagas
para artistas que expressam a cultura do estado.
O brega surgiu como uma vertente da música
romântica cantada através de arranjos simples. O denominado ‘brega romântico’
foi representado por artistas como Waldick Soriano, Wanderley Cardoso, Adilson
Ramos e Reginaldo Rossi, que ganhou o título de rei do brega.
Em Pernambuco, Reginaldo Rossi e Adilson Ramos
modificaram a cenário da música brega no estado. “O termo pejorativo “brega”
foi sendo gradualmente assumido como um estilo musical por muitos fãs, sendo
incorporado ao nome das bandas e formando o movimento bregueiro”, narra
Fernando Israel Fontanella em sua dissertação de mestrado sobre o Brega de
Recife.
Atualmente, o gênero mantém a estrutura musical:
rimas fáceis e palavras simples, mas as letras agora vão além do romantismo e
da dor de cotovelo. O gênero permanece forte na cultura pernambucana
representado por cantores como Mc Troia, que tem mais de 12 milhões de acessos
em um único clip musical no Youtube.
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