Por Rennan Ono
Em setembro não se falou de outra coisa dentro do
universo do Rap brasileiro. Líderes dos grupos nordestinos DDH e Chave Mestra,
Baco (Exu do Blues) e Diomedes Chinaski, respectivamente, lançaram, como um
feito histórico no Rap nativo, a música Sulicídio.
Com uma letra agressiva e polêmica, Sulicídio não poupa críticas à
centralização do movimento no eixo Rio/São Paulo. A dupla critica a
supervalorização da produção de Rap daquela região e o esquecimento do Rap
nordestino, que vive à margem do cenário nacional.
O som em questão chamou muita atenção, e não
somente dos amantes do Rap. Baco e Diomedes sofreram ataques de racismo e
xenofobia, sendo o último sustentado pelo estereótipo da falta d’água no sertão
e por comentários a respeito do sotaque da dupla.