quinta-feira, 16 de maio de 2019

Educação inclusiva é tema de capacitação na Rede Estadual na Paraíba.

Descrição para cegos: auditório com professores e professoras sentados e a frente, um formador ao microfone fazendo fala / Foto Daniel Medeiros
Por  Natália Mélo

          Dar meios para que os 20.784 alunos com deficiências, transtorno do espectro autista e altas habilidades (superdotação), matriculados na rede estadual de ensino na Paraíba, segundo dados do Censo Escolar, possam ter fácil adaptação, apresentem rendimento e acima de tudo aprendizagem, é o objetivo da capacitação que as secretarias de estado da Educação e Tecnologia e a Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (Funad) oferecerão em todas as 14 regionais de ensino durante os próximos meses.   
          A capacitação é destinada a professores de salas especiais ou regulares, coordenadores, acompanhantes educacionais e apoiadores pedagógicos de salas multifuncionais, para a promoção da Política Nacional de Educação Especial (educação inclusiva).
          O Objetivo final da formação é que profissionais em educação estejam preparados para receber jovens com deficiência em sala, que estes possam sentir apoio e espaço para seu desenvolvimento, promovendo autonomia para os que venham ingressar um dia ao ensino superior.
Em João Pessoa, 116 professores estão em formação como agentes multiplicadores, replicando as melhores práticas pedagógicas para apoio ao estudante com deficiência.O curso conta com duração de 80 horas e é uma parceria entre o Ministério da Educação (MEC), por meio do Plano de Ações Articuladas (PAR).
         Para Simone Jordão, presidente da Funad, é um trabalho de fortalecimento. “Nós estamos trabalhando incansavelmente para disseminar a Política Nacional de Educação Especial com a educação inclusiva. E essas formações são fundamentais, porque entendemos que esta é uma condição importante para o fortalecimento da inclusão escolar dos alunos da educação especial nas classes comuns, objetivando não apenas a garantia de acesso, mas também de aprendizagem e permanência do aluno no ambiente escolar e o apoio do Governo do Estado tem sido valioso”
         Para Dona Silvia, mãe da estudante do ensino médio Eliane Lima, 16 anos, deficiente visual,  é a oportunidade de outras pessoas com deficiência de extrema carência ingressarem no ensino regular: “Não importa o que digam, quando uma escola está preparada para receber bem os estudantes uma sociedade se levanta. Minha filha tem a oportunidade de ter pais alfabetizados, que sabiam da importância dela ganhar autonomia e isso só através do estudo, mas, como fazer isso se uma escola não está preparada para recebê-la? As instituições para cegos e para os deficientes de um modo geral são impulsionadoras, se eles chegam no colégio e o profissional de lá não está capacitado, ele viverá na sua bolha, refém da realidade de outra pessoa, sem construir a sua história. Estudar e ter uma educação é de todos, inclusive do deficiente.
          A agenda de ação este mês segue nos dias 14 a 16 em Cuité, 10 a 13 de junho na cidade de Princesa Isabel, atendendo professores de toda a região

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