segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Ele me deu o nome de Malala


Por Giovana Ferreira


Não há nada de errado em se dizer feminista. Eu sou feminista porque ‘feminismo’ é outra palavra para igualdade.

A paquistanesa Malala Yousafzai, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2014, ganhou um documentário que teve sua estreia em novembro, em um festival em Londres. Após o lançamento, Malala foi entrevistada pela atriz Emma Watson, Embaixadora da ONU Mulheres, a respeito da igualdade de direitos entre os gêneros.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

“Mas acho que nunca mais voltarei lá”

Descrição para cegos: Foto mostra Caetano Veloso á esquerda e Gilberto Gil à direita abraçados e sorridentes com um dos braços levantados em forma de cumprimentação. 

Por Laísa Mendes

Os que não simpatizam com o governo de Israel têm sonhado com maneiras de derrubá-lo. Surge, assim, um movimento chamado BDS – Boicote Despojar Sanção.
         Criado por acadêmicos palestinos, o movimento apela aos indivíduos, empresas, faculdades, igrejas, cidades, artistas e até países, para isolarem Israel econômica e socialmente. Eles alegam que os palestinos que vivem na Faixa de Gaza e na Cisjordânia são maltratados por Israel.O boicote seria uma forma de pressão pelo fim da ocupação de territórios palestinos.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Proibição da mutilação genital feminina avança em países Africanos

Campanha do The Guardian pelo fim da mutilação genital feminina (FGM).

Por Giovana Ferreira

A prática da mutilação genital, que consiste na remoção parcial ou total do órgão genital feminino, é comum principalmente nos países africanos e do Oriente Médio. Neles, estima-se que mais de 130 milhões de mulheres foram submetidas ao procedimento, porém a prática também vigora em outros lugares do mundo.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Pesquisadora levou o Toré para debate em Jornada de Artes Cênicas


Por Laísa Mendes

A Cultura Popular em processos artísticos e pedagógicos foi tema de um dos grupos de trabalho na Sexta Edição da Jornada de Pesquisa em Artes Cênicas. Uma das pesquisas apresentadas foi a da mestranda em Antropologia pela Universidade Federal da Paraíba Larissa Isidoro.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Discussões migratórias com Michel Agier

Por Giovana Ferreira

Devido à atual crise humanitária e o contexto migratório mundial, que se encontra em evidência, a discussão sobre questões e políticas migratórias se faz relevante. Na quarta-feira, 25 de novembro, a UFPB sediou um debate com o antropólogo francês Michel Agier sobre o tema “Migrações, fronteiras e cosmopolitismo”.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Nem todos são do Estado Islâmico


Por Laísa Mendes


          Ataques terroristas. É o assunto mais debatido em todos os meios de comunicação, desde o atentado do radical Estado Islâmico (EI) em Paris, na sexta-feira (13), que matou mais de 120 pessoas e deixou cerca de 350 feridas.
Em meio a tanto terror que se impregna no mundo inteiro, não há como se esquecer daqueles que são muçulmanos, mas não fazem parte do EI e ainda sofrem preconceitos devido às atrocidades cometidas pelo grupo. No senso comum, todo mulçumano apoia, potencialmente, as ações do Estado Islâmico, quando não é exatamente assim.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A luta pelo reconhecimento das novas culturas

Por Laísa Mendes

    O mundo presencia momentos de muitos questionamentos e de mudanças, todas embasadas na vontade de ser reconhecido, de “se encontrar” em meio a tantos requisitos impostos para fazer parte de determinado grupo. Bandeiras que buscam defender suas ideias e culturas são levantadas com mais frequência.
    Cada um procura sua forma de questionar seu lugar na sociedade, sejam com caminhadas, manifestações, pichações, músicas. Estas reivindicações que antes ficavam restritas aos adultos hoje passam a ser alvo de crianças como a pequena Soffia, de 11 anos, que vive no dia a dia a busca pelo reconhecimento da sua cultura e identidade negra.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Apelo à comunidade internacional

Família Guarani e Kaiowá vivendo à margem de uma rodovia 

Um dos principais empecilhos à sobrevivência dos povos indígenas no Brasil é a demarcação de suas terras, motivo gerador de muitos conflitos. Porém, os procedimentos jurídicos e administrativos levam muito tempo e certas tribos, como os Guarani e Kaiowá, recorrem a órgãos internacionais para assegurar esse e outros direitos essenciais. Enquanto isso, eles enfrentam violência e intolerância em várias frentes, protagonizados por fazendeiros, pistoleiros, madeireiros e políticos. A reportagem a seguir, do portal Adital, mostra o percurso do líder indígena Elizeu Lopes em busca do apoio internacional. (Giovana Ferreira)

Sem apoio do governo brasileiro, Guarani e Kaiowá buscam solidariedade internacional

Gean Rocha
Elizeu Lopes, líder indígena do povo Guarani-Kaiowá, no Estado do Mato Grosso do Sul, concedeu, recentemente, uma entrevista na sede do Instituto Socioambiental, em São Paulo, para falar sobre os ataques frequentes e violentos de fazendeiros contra comunidades indígenas, bem como sobre o encaminhamento das denúncias às organizações e organismos internacionais, a exemplo do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Precisamos falar sobre o estupro e a Valentina



Jade Vilar

O estupro tem muitas nuances. É uma arma de guerra, usada contra milhares de mulheres de países em conflito civil, e é uma postagem no Twitter incentivado a sexualização de uma criança.
Valentina tem 12 anos. Ela participa da atual edição infantil do programa Masterchef, da emissora Band. Valentina é uma criança e se comporta como tal. Ela chora com a pressão das provas de culinária e brinca com os seus colegas de elenco. Esta semana Valentina foi vítima da “cultura do estupro”. 

Cultura negra é retratada para crianças


Grande parte dos preconceitos são adquiridos na infância. Parte dele é assimilada através das representações do diferente como algo fora do padrão ou da normalidade. Por isso, muitos projetos tentam combater o racismo desde o inicio. Em consonância a essas propostas, surgiu um novo desenho, na TV Brasil, que retrata o cotidiano de uma familia negra. O objetivo é combater o preconceito de forma mais lúdica e inserir, nas atividades das crianças, a presença da população negra e da sua cultura. (Laísa Mendes)

Lançado em São Paulo, novo desenho da TV Brasil valoriza cultura negra

Por Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil

Um grupo de crianças, entre 4 e 5 anos de idade, conheceu hoje (19) a mais nova atração da TV Brasil: o desenho animado Guilhermina e Candelário.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Oriente Médio cultural



Foto: Shirin Neshat
O Oriente Médio ainda é sinônimo de mistério e violência para muitas pessoas. É essa a imagem que os noticiários do mundo inteiro transmitem diariamente, e foi esse cenário que incomodou o escritor Joobin Bekhrad. Ele nasceu no Teerã e quando foi morar no Canadá percebeu o quão desconhecida era a sua terra natal. Joobin criou o site Reorient, onde mostra a cultura que as notícias de guerra escondem. (Jade Vilar)

Reoriente-se


Iraniano cria site sobre a arte e a cultura do Oriente Médio buscando disseminar uma nova visão sobre a região

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Salvadores humanitários ou financiadores de guerra?

Rachel Unkovic/International Rescue Committee
Atualmente o mundo vive o que a mídia intitula de uma das maiores crises migratórias da humanidade. Mais de 300 mil pessoas já tentaram atravessar ilegalmente o mar Mediterrâneo este ano e mais de 2,5 mil morreram na travessia. Os Estados mais poderosos do mundo relatam gastos exorbitantes com doações para conter a crise humanitária. Os imigrantes, em sua maioria, fogem de guerras civis, conflitos financiadas em grande parte pelos países que mais dizem doar e menos aceitam acolhê-los. João Fernando Finazzi e Reginaldo Nasser, mestrando e professor respectivamente, do curso de Relações Internacionais da PUC, debateram o assunto em texto publicado no portal Forum. (Jade Vilar)

 O mito da intervenção humanitária

Joao Fernando Finazzi e Reginaldo Nasser

 Desde 2011 foram alocados por volta de US$ 16 bilhões em ajuda militar para o conflito sírio, abastecendo as mais variadas facções, incluindo o Estado Islâmico e o próprio regime de Bashar. Os países que destinaram mais recursos são, ao mesmo tempo, os que menos aceitam os sírios provenientes da guerra.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Webséries retratam a vida de descendentes de africanos na Europa


A cineasta e escritora Cecile Emeke criou uma websérie para o YouTube intitulada “Ackee & Saltfish”. Ela narra a história de duas amigas jovens e negras nascidas em Londres, descendentes de pais imigrantes da África. A trama aborda temas sociais bastante debatidos atualmente, como diversidade cultural, gênero e gentrificação (super valorização de um local, tirando as características arquitetônicas e sociais originais dos espaços). A cineasta também criou e disponibilizou duas séries de entrevistas curtas, intituladas “Strolling” e “Flâner”, com histórias de pessoas negras nascidas na Europa. São diversos aspectos da cultura e sociedade inglesa, vistas pelo ângulo dos afrodescendentes. O jornal espanhol El Diario publicou uma resenha das obras de Cecile. (Jade Vilar)

Jovens, negros e europeus: webséries abordam vivências de filhos da diáspora africana na Europa
Por Carmén López – Tradução de Mari-Jô Zilveti

Britânica de origem jamaicana, Cecile Emeke traz em seus trabalhos as vozes da juventude negra no Reino Unido e na França, enquanto a alemã de origem ruandesa Amelia Umuhire conta histórias de afro-europeus em Berlim. O trabalho da cineasta e escritora londrina Cecile Emeke ficou conhecido entre o público europeu e norte-americano há alguns meses, graças à sua websérie “Ackee & Saltfish”. Gravada em 2014, seria um curta-metragem, mas a diretora decidiu postá-lo no YouTube por capítulos, prendendo assim a audiência e deixando aberta a possibilidade de continuar a história.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

III Colóquio sobre Diversidade Cultural – com Margarete Almeida

Descrição para cegos: foto mostra a professora Margarete e a câmera
filmando-a, com ela aparecendo no visor

A professora Margarete Almeida foi a convidada da turma de Jornalismo e Cidadania, do curso de Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba, para o III Colóquio de Diversidade Cultural. O encontro ocorreu no dia 6 de maio de 2015, e nele foram discutidos temas como o surgimento dos Estudos Culturais e sua influência social; o conceito de cultura; o multiculturalismo; midiatização da cultura e o Relativismo Cultural. Formada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela UFPB, Margarete Almeida concluiu o Doutorado em Sociologia pela mesma Universidade, em 2010. Margarete é coordenadora do GEM: Grupo de Estudo e Pesquisa em Gênero e Mídia. A organização do colóquio foi de Giovana Ferreira, Ingrid Trigueiro, Jade Vilar e Laísa Mendes.


Confira o colóquio na íntegra:


Surgimento dos Estudos Culturais 

No primeiro vídeo, a professora Margarete Almeida fala sobre o contexto do surgimento do campo de Estudos Culturais e sua aceitação no meio acadêmico.


Meninos perdidos do Sudão: a história que virou filme

Meninos perdidos do Sudão” é o nome dado aos mais de 20 mil jovens de várias etnias sudanesas perseguidas que procuraram proteção em campos de refugiados durante a 2ª guerra civil no país (1983-2005), que provocou mais de 2,5 milhões de mortes. “Uma boa mentira” retrata a história de quatro desses meninos, a partir da destruição de sua aldeia e a morte de seus pais, sua caminhada ao longo de desertos e savanas para chegar a um campo de refugiados no Quênia, e anos depois ser acolhidos nos Estados Unidos. O filme retrata as nuances sociais e psicológicas de imigrantes marcados pela violência da guerra, tentando se adaptar a uma nova cultura, em uma nova sociedade. O filme também gerou controvérsias quanto ao ponto de vista dos Estados Unidos como salvador da situação e a atriz branca estampando os cartazes de divulgação do filme apesar de ela ser personagem secundária na história. Polêmicas a parte, ao longo da história as culturas se misturam e percebemos que por mais difícil que seja a adaptação, toda pessoa pode se apropriar dos elementos culturais e sociais da sociedade em que está inserida, basta que se sinta acolhida. (Jade Vilar)


Resenha de “A Boa Mentira”
Por Samantha Martins
O filme é sobre crianças do Sudão do Sul, que fugiram de suas vilas após a guerra civil. Elas se deslocaram mais de 1.000km até um campo de refugiados no Quênia. Ou seja, os protagonistas da história são pessoas negras. Várias crianças negras que passam a adolescência e parte de sua juventude em um campo de refugiados.

terça-feira, 21 de julho de 2015

O dia em que os refugiados falaram


Por Jade Vilar  

           Na contramão do sentimento de xenofobia que permeia os grandes países receptores de imigrantes do mundo inteiro, os refugiados de guerras civis residentes de São Paulo produziram um videoclipe. O conteúdo é informativo e ao mesmo tempo humanizador.
           A intenção é a desconstrução da imagem negativa a respeito dos refugiados como figuras perigosas e fora da lei, para mostrar o lado dos seres humanos que fugiram dos seus países para preservar a própria vida. O vídeo é um agradecimento e ao mesmo tempo um esclarecimento à nação brasileira sobre o quão importante é a nossa receptividade a quem não traz mais nada além da vontade de viver.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

A luta constante pela terra

FUNAI/Reprodução
Por Giovana Ferreira
O capítulo VIII da Constituição garante aos índios o reconhecimento de “sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las”. São consideradas de direito as terras ocupadas pelos indígenas em caráter permanente, utilizadas para suas atividades produtivas e necessárias a sua reprodução física e cultural.
Atualmente, a responsabilidade sobre os estudos necessários para a identificação e demarcação das terras é do órgão federal de assistência ao índio, a Funai, Fundação Nacional do Índio. Cabe a este realizar os estudos de filiação cultural e linguística, sociológicos, ambientais, cartográficos e fundiários que identifiquem os limites das terras indígenas.

sábado, 13 de junho de 2015

Xamãs no litoral da Paraíba


     Pesquisa mapeia atividades xamanísticas no litoral da Paraíba. O projeto é orientado pelo professor Fabio Mura, do Departamento de Ciências Sociais do Campus da UFPB no Litoral Norte. Tem o objetivo de registrar atividades praticadas pelos xamãs entre os descendentes dos povos potiguara e tabajara no estado.
A pesquisa também aborda elementos da cultura indígena que se adaptaram às mudanças pelas quais esses povos passaram. Essas adaptações foram essenciais para a propagação de seus costumes para as novas gerações.
Eu entrevistei o professor Fabio Mura para o Espaço Experimental, programa do Laboratório de Radiojornalismo do curso de Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba. O programa vai ao ar na Rádio Tabajara AM, 1.110 Khz, às 9h da manhã do sábado. (Jade Vilar)

terça-feira, 2 de junho de 2015

Cyberbullying contra nordestinos

    Pesquisador mapeia sentenças para casos de crimes na internet.
     A pesquisa foi realizada pelo professor Robson Antão, vice-diretor do Centro de Ciências Jurídicas da UFPB e pesquisador na área de crimes virtuais. No trabalho foram analisadas as decisões judiciais em casos de cyberbullying contra nordestinos, ocorridos de 2008 a 2010.
    Entre os casos de destaque, está o da estudante de Direito Mayara Penteado Petruso. A jovem paulistana postou nas redes sociais ofensas aos nordestinos, depois dos resultados das eleições de 2010. Ela foi uma das primeiras pessoas a ser condenada por crimes online.
    Eu conversei com o professor Robson Antão para o Espaço Experimental, programa do Laboratório de Radiojornalismo do curso de Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba. O programa vai ao ar na Rádio Tabajara AM, 1.110 Khz, às 9h da manhã dos sábados (Giovana Ferreira)

Conexão Suíça-África: casei- me com um samburu

Reprodução/ A Massai Branca
O Samburu, do Quênia, é um dos grupos que compõem 19% das etnias minoritárias do país. Trata-se de um povo nômade e, por isso, suas casas são construídas de forma que possam ser desmontadas facilmente. As construções utilizam apenas barro, couro e grama. Na sociedade Samburu, as mulheres têm o clitóris removidos na infância, são tratadas como propriedade dos homens e sequer podem comer com eles. Conheça a história do livro, que virou filme, A Massai Branca (The White Masai), baseado na autobiografia de Corinne Hofmann, suíça, empresária bem-sucedida e rica, que largou tudo e foi morar na África ao se apaixonar por um guerreiro Samburu. (Jade Vilar)

Antropologia jurídica:
cultura e direito no filme “A Massai Branca”
Érica Barbosa e Erinaldo Ferreira

O filme A Massai Branca, uma produção alemã de 2005, dirigida por Hermine Huntgeburth, conta a história de uma turista suíça em visita ao Quênia, onde conhece um guerreiro Samburu. Uma atração inicial, mostrada pela cumplicidade na troca de olhares, aproxima o casal e dá início ao relacionamento tratado na filmagem.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

O peso da cultura: mutilação genital feminina


Por Jade Vilar

      A mutilação genital feminina (FGM - sigla em inglês) é uma prática em que parte ou todo o órgão sexual de mulheres e meninas são removidos. De acordo com a ONU, 150 milhões de mulheres já tiveram suas vaginas mutiladas e, até 2030, outras 86 milhões podem ser violentadas.
Apesar de proibida por lei, a prática ainda vigora em 29 países africanos, no Oriente Médio, na Ásia, na América do Norte, na Austrália e na Europa, que em pesquisa recente da ONU descobriu-se ser a moradia de mais de 500 mil mulheres mutiladas.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Hip Hop de olhos puxados


A música tem o poder de transcender barreiras físicas. É um instrumento de propagação e mistura de culturas, levando costumes e estilos diferentes de um recanto a outro do mundo, literalmente. O hip hop nasceu nos guetos americanos na década de 70 como representação da resistência negra no país e transformou-se em um cultural global, que envolve música, dança, vestimentas e representantes de impacto como os rappers Jay Z e Kanye West. O hip hop atravessou o oceano e encantou os japoneses, ao ponto de surgirem tribos como os B-Stylers: japoneses que idolatram a cultura do hip hop e têm fascínio por parecerem com os negros americanos (Jade Vilar).

B-Stylers:
A nova tribo no Japão que sonha em ser negra

quarta-feira, 29 de abril de 2015

As vanguardistas do véu

Youtube/Reprodução
  Por Ingrid Cordeiro

   A junção entre o novo e o antigo com uma pitada de moda, styling, música e arte. Essas são as Mipzterz, mulheres muçulmanas, em sua maioria americanas, as quais resolveram dizer ao mundo que religião não precisa ser sinônimo de opressão. Muito pelo contrário, a tentativa é mostrar que a cultura tradicional pode sim se integrar ao mundo globalizado, numa mistura única entre mundos aparentemente distintos.
   A lei islâmica diz que a mulher seguidora da fé propagada pelo profeta Mohamed precisa se vestir de modo que não incite a sua sexualidade. Calças folgadas, roupas monocromáticas e o hijab, véu utilizado pelas mais novas e que cobre essencialmente o cabelo, fazem parte das vestimentas exigidas pela cultura muçulmana. Esse modo de se vestir tem sido encarado como algo retrógrado pela sociedade ocidental, a qual vê as mulheres seguidoras do islamismo como oprimidas por sua cultura.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Sob a pele: a tatuagem e seus simbolismos

Por Jade Vilar

   Não se sabe ao certo quando o ritual de tatuar o próprio corpo foi incorporado às tradições humanas. Entre 2.160 a.C e 1994 a.C múmias de mulheres egípcias foram encontradas com inscrições e desenhos na região abdominal. O Homem do Gelo, como ficou conhecida a múmia com cerca de 5.500 anos, achada em 1991 nos Alpes, já possuía traços azulados desenhados em sua pele e pode ter sido um dos mais antigos registros encontrados da tatuagem no mundo. Tribos indígenas, como o povo waujá e os kadiwéu, utilizavam a técnica para simbolizar rituais de passagem e homenagear seus deuses. Até que, em 718 d.C, em uma época marcada pela total dominação da igreja católica, na sociedade europeia principalmente, o papa Adriano I proibiu o povo de se tatuar sob a alegação de tratar-se de práticas demoníacas.
  

sábado, 14 de março de 2015

O Estado Islâmico

Um dos assuntos mais comentados dos últimos meses, principalmente depois do ataque à revista Charlie Hebdo, em Paris, que resultou em doze pessoas mortas, é o Estado Islâmico (EI). O EI é um grupo que se baseia na interpretação rígida das leis religiosas islâmicas oriundo de uma dissidência da Al Qaeda. Depois de apossar-se de parte dos territórios do Iraque e da Síria, proclamou-se califado e tem pretensões de expansão no Oriente Médio e no norte da África. Leia a matéria abaixo para conhecer um pouco sobre esse grupo. (Élison Silva) 

Estado Islâmico: entenda a origem do grupo

Também conhecido como Isis, sigla em inglês para Estado Islâmico do Iraque e da Síria, o Estado Islâmico (EI) é um grupo muçulmano extremista fundado em outubro de 2004 a partir do braço da Al Qaeda no Iraque. É formado por sunitas, o maior ramo do islamismo. Entre os países muçulmanos, os sunitas são minoria apenas entre as populações do Iraque e do Irã, compostas majoritariamente por xiitas. Em janeiro de 2014, o Estado Islâmico declarou que o território sob seu controle passaria a ser um califado, a forma islâmica de governo.

quarta-feira, 4 de março de 2015

II Colóquio sobre Diversidade Cultural: com Annelsina Trigueiro


O II Colóquio sobre Diversidade Cultural da disciplina de Jornalismo e Cidadania foi realizado no dia 25 de fevereiro, com a professora Annelsina Trigueiro, pesquisadora das culturas dos povos indígenas do Nordeste. Ela é professora do Departamento de Comunicação da UFPB e tem mestrado e doutorado pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. A organização do colóquio foi de Élison Silva, Ítalo Di Lucena, Laís Albuquerque e Sara Formiga.

No primeiro vídeo, Annelsina fala sobre as influências da modernidade na cultura dos índios.

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Muito mais que olhos puxados

Por Sara Formiga

Quando alguém digita “diversidade cultural” no Google, logo aparecem imagens de pessoas de diferentes etnias de mãos dadas ou fazendo algo juntos. É óbvio que cada etnia possui uma cultura, entretanto, a diversidade cultural não se resume a cabelos ruivos, cabelos crespos ou olhos puxados. Um filho de japonês nascido no Brasil, por exemplo, tem uma cultura muito mais estreita com um brasileiro, filho de brasileiros, do que com um japonês nascido no Japão. Dessa forma, fica claro que a formação cultural de qualquer ser humano, e consequentemente sua cosmovisão, está muito mais relacionada com a construção e o desenvolvimento de ideias do indivíduo do que propriamente com sua origem primária.
  

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Muito além do externo



Embora a palavra "cultura" seja comumente usada no nosso vocabulário, a complexidade do seu significado ainda é ignorada pela maioria de nós que a resumimos a modos de vestir, comer e relacionar-se com o além. O texto a seguir tem a intenção de expandir o nosso conceito sobre cultura, abrindo nossos os olhos e mentes para observarmos a nossa própria maneira de agir e ver o mundo, nossa cosmovisão, a fim de que estejamos mais dispostos a ver a cultura "alheia" com mais disposição de respeitar as diversidades culturais (Sara Formiga)


Cultura e padrões de comportamentos aprendidos

Falando de um modo geral, o termo “cultura” costuma referir-se ao comportamento dos ricos e da elite. É ouvir Bach, Beethoven e Brahms, ter bom gosto quanto a roupas e saber qual talher que deve ser usado em um banquete.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A cultura da violência no futebol

por Élison Silva


Violência em estádio no Egito

Muita gente diz por aí que o futebol é um esporte que une os povos. A Copa do Mundo é um exemplo de confraternização de todos os povos do mundo em torno de um esporte. Nem a Olimpíada, onde já houve ataque terrorista (Munique 72), tem tamanho poder.
O futebol que paralisou a Primeira Guerra Mundial, e que fez o Santos de Pelé interromper uma guerra civil no Congo, cada dia que passa vem regredindo em seu poder de pacificação.
Infelizmente, o que une Brasil, Egito, Alemanha, Turquia, Itália e muitos outros países ultimamente é a infeliz coincidência de mortes causadas por brigas entre torcidas de clubes de futebol.
Já não é mais notícia confronto de torcidas em clássicos, emboscadas para agredir rivais, pancadaria nas arquibancadas.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015